Grandes desenhos do passado – Defensores da Terra

Lançado em 1985, e exibido no Show Maravilha em 1987, Defensores da Terra foi o primeiro desenho com heróis que assisti que eu me lembro. Por conta disso, até criar senso crítico e ver que os heróis eram de histórias diferentes e o desenho era um spin off dessas histórias, já tinha ficado puto com muitas histórias em quadrinhos, principalmente do Fantasma, por não ter todos lá e só história solo, às quais achava sem graça na época.

Enfim, Defensores da Terra, como já disse, passava no SBT (Acho que na época era TVS ainda, sempre esqueço e não vou procurar, cacem aí no Google), no programa da Mara Maravilha, hoje cantora ou pastora evangélica, salvo engano, o desenho era exibido naquele horário que a gente chegava da escola e pegava o último desenho antes do Chaves/Chapolin.

Os personagens principais eram Flash Gordon, Fantasma, Mandrake e Lothar, personagens clássicos dos quadrinhos King Features Syndicate, eles tinham o auxílio de seus filhos Rick Gordon (Flash), Jedda Walker (Fantasma) e LJ ou Lothar Junior (Lothar), mais o filho adotivo de Mandrake, Kshin. O vilão comum a todos, era o imperador do planeta Mongo, Ming, o Impiedoso, original das estórias de Flash.

A história começa com Ming tentando conquistar a Terra (Ok, clichê, talvez na época ainda não fosse) e aprisionando a esposa de Flash Gordon para fazer uma lavagem cerebral na mulher e descobrir as fraquezas daquele o impede de concluir seus planos. Para o azar dele, a mulher resiste bem, mas para azar de Flash Gordon, ela não resiste e morre. Como na época isso era forte demais, ainda mais com o filho Rick ali do lado, a sua essência vai para um cristal, que aconselhava a ambos quando precisava.

Alheio a toda essa tragédia, Flash Gordon enfrentava a tropa de Ming para tentar salvar seus entes, ao conseguir salvar seu filho, com todo Império exército do Impiedoso em seu encalço, ele é obrigado a fazer um pouso forçado na Terra, mais precisamente na mansão do mágico Mandrake. Os dois se unem, derrotam os perseguidores de Flash e, oh, se tornam amigos. Com o propósito de combater a fúria e as ambições de Ming e vendo que não dariam cabo sozinhos, eles convocam outros heróis, e é aí que entram Lothar e o espírito que anda, o Fantasma.

Para quem não conhece, esses personagens marcaram época de muitos pais e avôs de vocês, principalmente que ambos misturam estilos de histórias diferentes, já que Fantasma é um herói da selva (Digamos assim), Flash Gordon de sci-fi, e Mandrake e Lothar mais humanos, já que nos quadrinhos originais eles não possuíam super poderes, assim como o Fantasma.

Não faço ideia se o SBT passou os 65 episódios, mas eu curtia o desenho, principalmente o mágico Mandrake (Que ajudou a popularizar a imagem de mágico de capa e cartola, originalmente baseado em Leon Mandrake, um famoso mágico da década de 20) e o Fantasma, que no desenho tinha poderes e evocava a força dos dez tigres. Era irado.

Outra curiosidade sobre Defensores da Terra era o treinamento dos filhos dos heróis em uma sala que simulava situações de perigo com hologramas, se alguém aí lembrou da Sala do Perigo dos X-Men, pode apostar que não deve ter sido mera coincidência, mas como os mutantes só tinham gibi à época, azar o deles (Se bem que é tudo da Marvel, então tá em casa).

Defensores da Terra ainda teve gibis lançados, inclusive no Brasil, um jogo para PC e uma linha de bonecos exclusivos, como acontecia com todas as animações que eram lançadas na época.

Nos próximos desenhos relatados nesta série, tentarei desenterrar mais detalhes de outros desenhos da década de 80 que passavam no SBT, outro dia pesquisando encontrei uns que nem eu lembrava que assistia e, o pior, que gostava.